Na última quarta-feira, dia 7 de novembro, o Senado Federal aprovou um aumento de 16% no salário de ministros do STF, passando de cerca de R$ 33 mil para R$ 39 mil. O maior problema disso é o efeito-cascata: procuradores, promotores, desembargadores e outras carreiras do Judiciário também terão seus salários aumentados.
O impacto total, se o projeto for sancionado pelo presidente Michel Temer, pode chegar a R$ 6 bilhões por ano.
Para justificar este rombo, alguns ministros do STF e senadores favoráveis à medida disseram que agora poderão lutar pelo fim do auxílio-moradia. Dizem que a medida compensaria o aumento salarial.
A realidade é outra. Bruno Carazza, do blog “O E$pírito das leis”, fez as contas: o auxílio-moradia não passa de R$ 2 bilhões por ano, menos de 1/3 do impacto do aumento aprovado pelo Senado.
A conta não fecha. O reajuste da remuneração do STF vai provocar um rombo de 1,7 bi na União e 3,6 bi nos Estados. Em compensação, o fim do auxílio-moradia (4.377,73) para 31.255 juízes e membros do MP economizará só 1,6 bi - menos de 1/3 da despesa extra. #oespíritodasleisblog. pic.twitter.com/Z8O6xuDuwu
— Bruno Carazza (@BrunoCarazza) 10 de novembro de 2018
MBL News
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