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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Página de Roger Waters vira campo de batalha após críticas a Bolsonaro em show

Artista projetou em um telão a hashtag #EleNão e uma lista de governantes associados aos fascismo

Roger Waters teve o pai morto por nazistas na Segunda Guerra Mundial  | Foto: Robson Morelli / Estadão Conteúdo

Roger Waters teve o pai morto por nazistas na Segunda Guerra Mundial | Foto: Robson Morelli / Estadão Conteúdo

Milhares de brasileiros estão entrando na página de Facebook do ex-integrante da banda Pink Floyd, Roger Waters, para criticar as mensagens que o músico colocou em seu show, na terça-feira, em São Paulo, contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Boa parte das mensagens exigiam que o ex-baixista e também vocalista do grupo britânico pedisse desculpas a Bolsonaro pelas mensagens utilizadas no show, no Estádio Allianz Parque, associando o candidato do PSL a uma onda de políticos fascistas que estão chegando ao poder em todo o mundo. Eleitores contrários a Bolsonaro perceberam a invasão de eleitores do candidato do PSL à página do músico e passaram a enviar mensagens de agradecimento a Waters.

Ao longo de toda a manhã e início da tarde desta quarta-feira, a página do músico inglês se transformou em mais um campo de batalha política, emulando a extrema polarização que toma conta do País. Enquanto alguns eleitores de Bolsonaro tentavam "explicar" a Roger Waters o que se passava no País, outros partiram para o ataque, acusando o músico de ignorância e de ter realizado um "showmício" no estádio do Palmeiras na noite desta terça. "Você acha que o comunismo é o melhor para nós? Você vive em Cuba, você vive na Venezuela?, Você não sabe do que está falando, você perdeu milhares de fãs", escreveu um.

Eleitores de Bolsonaro estão fazendo uma campanha para que as pessoas que compraram ingressos e pretendem ir ao show na noite desta quarta-feira saiam de casa com camisas amarelas para mostrar a Roger Waters o apoio que Bolsonaro tem no Brasil. No show da noite desta terça Roger Waters projetou em um telão a hashtag #EleNão e incluiu Bolsonaro em uma lista de governantes associados ao fascismo, que incluía Donald Trump e Vladimir Putin.

Ele foi vaiado por cerca de cinco minutos por boa parte da plateia. Durante alguns momentos, ele precisou parar o show. Após uma sessão de vaias, Waters afirmou: "Sou contra o ressurgimento do fascismo. E acredito nos direitos humanos. Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do Sul e foi feio". Roger Waters teve o pai morto por nazistas na Segunda Guerra Mundial e é autor da letra de "The Wall", uma das canções mais famosas do Pink Floyd e que faz uma crítica enfática ao autoritarismo e ao fascismo.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo



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