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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Jaques Wagner: Haddad e PT são menos piores

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Josias de Souza

Em entrevista concedida em Curitiba, após visitar Lula na cadeia, o senador eleito Jaques Wagner (PT-BA) disse algo que dá um ideia do contorcionismo retórico que o PT é obrigado a praticar para tentar encurtar a distância que separa seu candidato do rival Jair Bolsonaro: “No primeiro turno você escolhe o seu. No segundo turno você escolhe o menor pior. Não tenho dúvida de que tanto Fernando Haddad quanto o PT são menos piores. Já deram muito mais contribuição para a democracia brasileira do que o outro candidato e o seu partido”.

Eleito senador no último domingo, Wagner incorporou-se à coordenação política da campanha de Haddad. Articula a formação do que chama de “frente democrática”. Disse que o PT ''não precisa convidar ninguém'' para se integrar à tal frente. Acha que a conjuntura pede adesões voluntárias. “Estamos num momento parecido com o das ‘diretas já’. Juntamos todo mundo que entendia que era hora de voltar à democracia. E nós voltamos com o colégio eleitoral. Agora, é ‘diretas já’ preventiva, no sentido de a gente não permitir que adentre por aqui um processo de autoritarismno disfarçado em democracia.”

Jaques Wagner conversou com os repórteres defronte da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Reproduziu um raciocínio que disse ter ouvido de Lula: “Quem gosta e quem não gosta do PT conhece o partido e sabe que o PT é respeitador da democracia e das instituições. Com seus acertos e seus erros, o PT tem uma história de 38 anos.”

Perguntou-se a Wagner se acha que o rival Jair Bolsonaro decidiu faltar aos debates presidenciais por medo ou receio. E ele: “A palavra correta é covardia. Ele é uma pessoa daquele tipo que a gente conhece.” É do tipo que se faz de bravo, mas “quando o cachorro late mais forte sai correndo.”

“A pessoa corajosa não exibe o braço nem exibe a arma”, prosseguiu Wagner. “Ela é corajosa na hora que tem de enfrentar a situação. Ele (Bolsonaro) é do tipo valentão, que gosta de cuspir para baixo e rende homenagem para qualquer um acima. …Foge do debate porque não tem o que dizer. Ele vai arrumar mil desculpas. Respeito a convalescença que ele tem. Mas é estranho que ele não vá no debate e vá numa entrevista. O nome disso é covardia e falta do que dizer ao povo brasileiro”.


UOL Notícias

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