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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Haddad e Bolsonaro confrontam ideias em entrevistas separadas na TV

Candidatos divergiram sobre armas, ensino, drogas, saúde, entre outros temas

Candidatos divergiram sobre armas, ensino, drogas, saúde, entre outros temas | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP

Candidatos divergiram sobre armas, ensino, drogas, saúde, entre outros temas | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP

Em entrevistas gravadas para a RedeTV!, separadamente, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) entraram em rota de colisão ao defenderem propostas para o país. As divergências envolveram armamento da população, agronegócio, tratamento para usuários de drogas, ensino, entre outras questões.

"Todo cidadão de bem que queira ter arma dentro de casa, com alguns critérios, (que) possa tê-la", disse Bolsonaro, ressaltando que a medida caberia à análise do Congresso Nacional. "Quem tem que portar armas é a polícia para garantir direito de segurança pública", comentou Haddad.

Outra discordância foi em relação à criação ou extinção de ministérios no governo. O petista prometeu reativar as pastas de Política para as Mulheres e Igualdade Racial, além de separar das Comunicações o Ministério da Ciência e Tecnologia. O candidato do PSL, por sua vez, disse que os ministérios extintos estavam atendendo a interesses partidários. Ele prometeu nomear ministros com "competência, interesse e liberdade de iniciativa".

Sobre o agronegócio, Bolsonaro prometeu tipificar como "terrorismo" as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), prometendo ainda uma legislação trabalhista diferente para o campo. Já Haddad prometeu apoiar o agronegócio, mas ponderou que é preciso agir para que toda terra seja produtiva e não fique improdutiva.

Em relação ao programa Mais Médicos, o candidato petista prometeu ampliar o projeto com médicos especialistas e construindo uma policlínica para cada 50 mil habitantes no país. Bolsonaro criticou o programa e disse que não manteria o modelo como está sendo feito. Para ele, o Mais Médicos não pode trazer uma suposta médica mãe cubana ao Brasil e deixar seu filho no país de origem.

Falando sobre drogas, Haddad defendeu "traficante na cadeia e usuário com tratamento". Bolsonaro afirmou que não passa por sua cabeça a liberação das drogas, mas ponderou que não vai "perseguir" usuários.

Questionados sobre regulação da mídia, Bolsonaro afirmou que a imprensa tem que ser "livre" e disse que "a imprensa que realmente estiver voltada com a verdade vai ser valorizada", criticando a proposta do PT de regular a mídia. Haddad afirmou, por sua vez, que uma família não pode concentrar o controle de meios de comunicação em Estados como Bahia, Alagoas ou Maranhão.

Na Educação, Haddad falou em priorizar o ensino médio em um eventual governo e fazer com que as escolas federais sejam responsáveis por melhorar o ensino das escolas estaduais. Bolsonaro pregou contra a chamada "ideologia de gênero" e defendeu "excluir" um estudante que agrida o professor.

Acenos

Os dois candidatos fizeram acenos ao eleitorado mais pobre. O petista reforçou que vai fortalecer o Bolsa Família e citou que o programa é uma das principais ações dos governos petistas. Bolsonaro citou sua proposta de conceder um 13º a quem recebe o benefício e combater a fraude, dando o pagamento para quem "realmente merece e precisa".

Os dois candidatos prometeram também acabar com o Imposto de Renda para aqueles que ganham até cinco salários mínimos. Na entrevista, Bolsonaro reforçou que geração de energia, Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste serão preservados de privatização. Haddad, por sua vez, afirmou que Eletrobras, Correios, BB e Caixa são "estatais intocáveis".


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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