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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Mapas

Até o século 20, a solução era olhar as estrelas e fazer cálculos

Quem já rabiscou um mapinha para indicar um caminho repete um gesto tão antigo quanto a humanidade. "Uma das necessidades mais mordiais da comunicação é indicar um rio ou uma caverna", afirma Jorge Pimentel Cintra, professor de História da Cartografia da Universidade de São Paulo. Muitos desses desenhos devem ter ser perdido; ainda assim, o primeiro mapa já visto é bem antigo. Ele surgiu no Egito, há mais de 4 mil anos, e delimitava propriedades rurais.

Para áreas maiores, foi necessário recorrer à matemática e à astronomia. Conhecedores dessas ciências, os babilônios criaram um mapa-múndi que mostra um círculo de terra rodeado por água e por corpos celestes. Depois, o grego Erastótenes (276-194 a.C.) acrescentou uma ferramenta útil para os cálculos: o conceito de latitude. Em Roma, no século 2, um livro de Marino de Tiro (60-130) e Cláudio Ptolomeu (87-150) dava as coordenadas de 8 mil locais. Mas os desenhos ainda não eram confiáveis.

No século 14, as grandes navegações deixavam os cartógrafos mais uma vez em alta. Os mapas eram caros, mas o investimento compensava. Foi com uma tabela de distâncias do matemático José Vizinho que Bartolomeu Dias alcançou o cabo da Boa Esperança. Os desenhos eram atualizados com rapidez. E, 1502, dois anos após a descoberta do Brasil, o mapa de Cantino já exibia o novo território.

Mas ainda faltava exatidão. Começou assim a busca pela longitudes do planeta. Em 1772, o britânico John Harrison (1693-1773) resolveu o problema com um relógio que sempre marcava a hora de um único meridiano. Um novo estágio começou há cinco décadas, com os satélites. No século 21, as imagens do planeta visto do espaço estão na tela de qualquer computador. E, em vez de rabiscar mapas, usamos aparelhos de GPS para nos localizar. ERNANI FAGUNDES


SURFEI NA ONDA DA INGENUIDADE

XVII- 239/17 - 27.09.2018

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NADA MAIS IMPORTANTE

Neste momento crucial do nosso empobrecido país, nada de mais importante existe para os brasileiros -do bem-, ou aqueles que realmente querem colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, do que um foco bem direcionado para tentar eleger o candidato Jair Bolsonaro para presidente do nosso empobrecido Brasil.

ÚNICA SAÍDA

Atenção: neste momento não cabe mais ficar discutindo se Jair Bolsonaro é ou não o melhor candidato para presidir o Brasil. O que precisa ser levado em conta, de forma bastante séria e exclusiva, é que todas as pesquisas apontam Jair Bolsonaro como a única possibilidade para impedir que o PT volte a governar o Brasil. Neste caso, mais do que sabido, o Brasil seguirá a trilha da já conhecida desgraça.

ONDA DE INGENUIDADE

Pois, mesmo atento e interessado na vitória de Bolsonaro, por uma questão de lealdade com meus leitores, devo admitir, ou reconhecer, publicamente, que fui tragado por uma onda de ingenuidade, que me fez surfar na imaginação de que nestas Eleições/2018, grande parte do eleitorado brasileiro, e gaúcho, estava pronto para eleger -políticos novos-, sem vícios, portadores de duas importantes qualidades: EXCELENTE FICHA TÉCNICA E FICHA MUITO LIMPA.

JOÃO AMOÊDO E MATEUS BANDEIRA

Assim, quando vi que dois candidatos do partido -Novo-, como é o caso de João Amoêdo, que se lançou para presidente, e (como eleitor gaúcho) de Mateus Bandeira, para disputar o governo do RS, imaginei que ambos ganhariam grande preferência junto aos eleitores. Afinal, além de propor excelentes PLANOS DE GOVERNO os mesmos se apresentaram com currículos invejáveis, como bons e bem testados ADMINSTRADORES.

SURPRESA

Pois, qual não foi a minha surpresa, ou muita ingenuidade, quando percebi que desde as primeiras pesquisas de intenção de voto, divulgadas pelos mais diversos institutos, tanto João Amoêdo quanto Mateus Bandeira sempre ocuparam as últimas posições, com percentuais baixíssimos de intenção de voto.

INTENÇÃO NEGATIVA DE VOTO

Ou seja, um claro e evidente sinal de que a maioria dos eleitores não está minimamente interessada em eleger bons administradores. Mais: muito menos em querer conhecer os conteúdos de seus excelentes planos de governo.
Este claro e indisfarçável quadro mostra que, hipoteticamente, se fosse eu o candidato, tanto no lugar de João Amoêdo quanto no lugar de Mateus Bandeira, o percentual de intenção de voto que teria conseguido ao longo desta corrida eleitoral seria, simplesmente, NEGATIVO.

MARKET PLACE

PETROBRÁS - FATO RELEVANTE - A Petrobrás divulgou, nesta manhã, FATO RELEVANTE anunciando que fechou acordo com o Departamento de Justiça dos EUA a SEC e o Ministério Público Federal para encerrar investigações relacionadas à operação Lava-Jato nos EUA.

O acordo prevê um pagamento de US$853,2 milhões (R$3,6 bilhões, a serem provisionados nos resultados do 3T18), sendo US$85 ao DoJ, US$85 à SEC e US$682 destinados a um fundo especial no Brasil, cujos recursos vão ser utilizados segundo instrumento a ser assinado com o MPF.
IGP-M SETEMBRO - O IGP-M - Índice Geral de Preços - Mercado- deste mês de setembro apresentou alta de 1,52%, acelerando-se em relação à alta de 0,70% em agosto, informou a FGV. O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +1,45%. Até este mês, o IGP-P acumula altas de 8,29% no ano e de 10,04% em 12 meses, número que também ficou acima do esperado, de +9,97%.

ESPAÇO PENSAR +

Eis o texto do cientista político Francisco Ferraz - com o título -A DEFINIÇÃO DO ELEITOR POR EXCLUSÃO PODE EMPURRAR A DECISÃO PARA O PRIMEIRO TURNO-:
No plano dos significados, os eleitores brasileiros, ao elegerem um presidente da República, não escolhem um administrador, e sim um líder político. Não se escolhe um executivo testado e confirmado como competente para as funções. Escolhe-se alguém que se impõe aos eleitores como líder político, que sente a realidade como nós a sentimos, mas consegue expressar melhor que nós esse sentimento, em palavras que todos entendem, e representar-nos nesse sentir.
Ele é nós, com a capacidade que não temos, com os desafios que não saberíamos enfrentar, com a coragem, ousadia e determinação para realizar o que não conseguiríamos.
Numa eleição presidencial escolhemos, pois, o nosso representante e só secundariamente o nosso governante, administrador, executivo. Escolhemos por sua determinação de assumir nossos interesses mais caros, por sua liderança política e capacidade de comandar o País.
Por isso os preferidos são candidatos fortes, que falam uma linguagem direta, simples, rude, mas resolutiva. Passam a impressão de que tudo é fácil. Basta querer. Os problemas ele resolve. Daí que nossas eleições estão sempre mais próximas de lideranças populistas, semicarismáticas, demagógicas e autoritárias.
No passado não era muito diferente. Na década de 1950 eram Vargas no centro e à esquerda e Lacerda e a UDN à direita; na década de 1960 eram Brizola, Jânio e Lacerda; em 1989 os líderes eram Lula, Brizola e Collor, e não Ulysses ou Covas; em 2002 era Lula, e não Serra; em 2006 era Lula, e não Alckmin, e dentro do PT o líder continuou sendo Lula, e não Dilma.
Nessa listagem sobram dois presidentes que se elegeram sem as características mais típicas do populismo: Juscelino e Fernando Henrique. Das três características, Juscelino tinha duas: era populista e carismático; mas FHC não tinha nenhuma das três, talvez a razão por que seu nome não é lembrado para, com a legitimidade de ex-presidente, ser convocado para resolver o impasse político de 2018, assim como o foram Churchill, De Gaulle e Adenauer no pós-guerra europeu.
Fernando Henrique, em 1994, conquistou a Presidência predominantemente pelo sucesso do Plano Real, implementado no governo de Itamar Franco, época em que ainda permanecia vivo na memória o fracasso do Plano Cruzado, de Sarney, e do Plano Collor.
Não é por outra razão que “pega a estrada errada” quem entra na eleição acreditando que vai atrair milhões de votos com seu plano de governo, seus projetos econômicos ou suas reformas políticas e administrativas. Equivoca-se o candidato cuja campanha se concentra nas promessas que faz – por mais necessárias que sejam as realizações prometidas. O eleitor cada vez mais dá sinais de que as recebe com muita descrença e como demagogia.
Igualmente se engana aquele que aposta na pregação ideológica. Por mais que satisfaça os militantes e simpatizantes, não logra se comunicar com a imensa maioria de eleitores. Também se iludem os que apresentam projetos e políticas públicas específicas, buscando credenciar-se para governar pela enumeração e detalhamento dos seus aspectos técnicos.
Além das citadas, há inúmeras outras estradas erradas que a cada eleição se oferecem aos candidatos. São o “cardápio” para a escolha da posição da candidatura. Haverá sempre candidatos para todas elas, de acordo com o gosto, o bolso e a história de vida de cada um.
Acontece que a posição vitoriosa é a que traduz o sentimento dominante da maioria dos eleitores, sob a forma da linguagem e mensagens de campanha, habilmente interpretadas pelo candidato. A verdadeira comunicação eleitoral não é o candidato dizer o que considera que o eleitor deve ouvir e em função do qual deve decidir seu voto. A verdadeira comunicação política é o candidato falar e tomar posição sobre o que o eleitor está interessado em ouvir. Este é o grande desafio: estabelecer a sintonia.
A identidade de propósitos entre eleitor e candidato e o pacto de confiança selado no voto precisam da “cola” que tem a afinidade emocional em torno daquele sentimento. Estabelecida a sintonia, ele pode fazer promessas, propor projetos, tomar decisões políticas, declarar suas convicções ideológicas.
O eleitor, contrariamente ao que tende a considerar o marketing eleitoral, não é um consumidor. No mercado político ele não compra um produto, ele paga com seu voto para ter, no máximo, uma esperança. O problema é como descobrir qual o sentimento dominante do eleitor na campanha.
Nesta eleição, ao longo do espectro direita, centro, esquerda, os preferidos são Bolsonaro, Ciro e Haddad (Lula). Marina e Alckmin parecem fracos. Meirelles, Álvaro e Amoêdo aparentemente não têm chance. Boulos e os mais à esquerda são de outra divisão, não participam do mesmo campeonato.
Essa dinâmica da nossa cultura política, que conduz à propensão por um presidente preferencialmente forte, incorporou à atual eleição um novo componente: a tendência de dicotomização da decisão, com uma excessivamente forte carga emocional e um julgamento plebiscitário sobre o legado dos governos do PT de 2003 a 2016, que Bolsonaro impôs e o PT aceitou.
Os candidatos situados entre os dois polos da disputa, Bolsonaro e Haddad (Lula), estão agora submetidos a um progressivo vazamento do seu potencial eleitoral para os dois polos. Para esses eleitores (e para os ainda indecisos) a atual campanha firmará a convicção de que o caminho da vitória passa pela prioridade dada ao sentimento de rejeição sobre o da preferência. Mais que uma escolha, a situação conduz o eleitor a definir-se por exclusão – quem ele mais rejeita –, o que pode empurrar a decisão para o primeiro turno.
A redução da rejeição equivalerá rigorosamente à opção por um dos dois candidatos – Bolsonaro ou Haddad. Qual dos dois conseguirá reduzir sua rejeição em magnitude suficiente para se eleger tornou-se o enigma desta eleição.

FRASE DO DIA

No Brasil ainda não sei o que é o SUCESSO. Apenas sei o que é o FRACASSO!
                                                                                                                                                        Maria Lúcia Pedroso

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