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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Corrupção é tema de debate de presidenciáveis, com ataques a Alckmin e PT

Confronto de ideias foi o primeiro após ataque ao postulante Jair Bolsonaro

Confronto de ideias foi o primeiro após ataque ao postulante Jair Bolsonaro | Foto: Miguel Schincariol / AFP / CP

Confronto de ideias foi o primeiro após ataque ao postulante Jair Bolsonaro | Foto: Miguel Schincariol / AFP / CP

O primeiro debate presidencial após o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), promovido neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a TV Gazeta, a Rádio Jovem Pan e o Twitter, retomou a discussão sobre o combate à corrupção nos embates entre os postulantes ao Palácio do Planalto. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) respondeu pela primeira vez em um encontro com adversários sobre a acusação de improbidade administrativa em ação apresentada pelo Ministério Público de São Paulo, no dia 6. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, e o PT também foram alvo.

No primeiro encontro dos candidatos após o episódio, o radicalismo na política foi tratado como um entrave ao desenvolvimento do País por alguns postulantes. Em suas participações iniciais, Geraldo Alckmin, Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MD) defenderam a necessidade de se pacificar o ambiente público e a sociedade. A bancada reservada para Bolsonaro foi retirada do estúdio por um acordo entre os candidatos presentes, que solicitaram à direção do debate a anulação da regra determinava a permanência do púlpito vazio.

O PT, como ainda não possui candidatura oficial - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, foi barrado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa - não contou com representante. Participaram também do debate Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (PSOL).

A violência na política protagonizou o início e o fim do encontro entre os presidenciáveis. Alckmin e Marina foram os que mais abordaram o tema da "pacificação". Primeiro a perguntar, Meirelles questionou o tucano sobre como por fim a "esse radicalismo que tanto prejudica o Brasil", mencionando o fato "lamentável" envolvendo Bolsonaro. "É necessário um grande esforço conciliador". "Sempre que há um esforço de união nacional, de pacificação, que é o que eu defendo, a democracia consolida-se", respondeu Alckmin.

O tema da corrupção dominou o segundo bloco do debate. Já na primeira pergunta, Alckmin teve de responder sobre a ação na qual é acusado de enriquecimento ilícito por suposto caixa 2 da Odebrecht na campanha de 2014. "Estranho que isso (a acusação) ocorra a menos de 30 dias das eleições."

Ao ser questionado por Marina Silva (Rede), o tucano fez questão de diferenciar o caso do ex-presidente Lula, que foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e do senador Aécio Neves. "Ele (Lula) foi condenado em segunda instância. Aécio nem julgado foi. Lei é para todo mundo. Quem deve, deve responder, deve ser punido. Quem não deve, deve ser absolvido."

Marina rebateu afirmando que "PT e PSDB passaram a ser faces da mesma moeda". "O que diferencia Aécio é o fato de ter foro privilegiado. Por isso, somos a favor de acabar com o foro, se não, se criam dois pesos e duas medidas no processo de combate à corrupção", disse Marina. Na tréplica, Alckmin relembrou o passado petista da candidata. "Marina esteve 20 anos no PT. Em 2006, ocorreu o mensalão. Ela não saiu do PT. Só saiu em 2008. Nós sempre estivemos do outro lado de onde estava o PT."

As questões éticas não se limitaram à polarização entre PT e PSDB. O candidato do MDB, Henrique Meirelles, foi questionado sobre investimentos que possui nas Bermudas, no Caribe. O emedebista disse que seus investimentos estavam em uma fundação "com finalidade de investir em educação no Brasil" depois que ele morrer.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT), que foi quem levantou essa questão em entrevistas recentes, chegou a elogiar o adversário emedebista. "Fui colega do Meirelles e tenho apreço por ele. Não é uma pessoa desonesta. Mas o Brasil permite de forma imoral que ele, que comandou autoridade monetária, que vigia taxa de juros, e os brasileiros abastados, os ricos do Brasil, manter mais de R$ 500 bi no estrangeiro."

Ciro foi questionado se vai dar força para a Lava Jato ou vai colocá-la "na caixinha". O pedetista afirmou que Lava Jato "pode ser uma virada histórica", mas a criticou a "justiça barulhenta".

Alckmin disse dar "total apoio à Lava Jato". Os dois discordaram sobre a prisão de Lula. Ciro disse que "política é política e direito é direito". "O Brasil garante quatro graus de jurisdição, o que é uma aberração. O Lula está com pena executada na segunda instância. Isso é novo." Alckmin o contrariou e argumentou que a prisão em segunda instância é correta.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo


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