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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Temer desiste de candidatura e anuncia apoio a Henrique Meirelles: "O melhor entre os melhores"

Presidente fez o comunicado em evento do PMDB

Temer desiste de candidatura e anuncia apoio a Henrique Meirelles | Foto: Marcos Corrêa  / PR / CP

Temer desiste de candidatura e anuncia apoio a Henrique Meirelles | Foto: Marcos Corrêa / PR / CP

* Com informações da AFP e da Agência Brasil

O presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira, em evento do PMDB em Brasília que não disputará à Presidência da República e apoiará a candidatura de seu ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Chamamos você, Meirelles, para ser presidente do Brasil”, disse. "Que você seja o único candidato de centro a continuar o que começamos. O Meirelles é o melhor entre os melhores", declarou Temer.

Henrique Meirelles discursou pela primeira vez como pré-candidato: "Tenho preocupação com o radicalismo que segrega. Sou radical, mas na liberdade em seu sentido mais radical, onde todos são livres para escolher seu caminho. Sou radical da economia forte. Muitos me perguntam porque colocar meu nome a disposição do partido. Digo que não é por que, mas para que o radicalismo não permaneça". "Não somos radicais na defesa dos extremos. Espero que você seja o único candidato de centro, e que continue o que começamos", completou Michel Temer.

Temer decidiu apoiar publicamente Meirelles nos últimos dias e Temer disse a dirigentes do partido que tornaria público o endosso na cerimônia de lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, para deixar clara a desistência de concorrer a novo mandato e fazer um aceno público na direção de Meirelles.

O PMDB realizou evento em conjunto com a Fundação Ulysses Guimarães, braço político da sigla, na sede do partido, em Brasília, na qual lançou o documento. Mais cedo, no lançamento do documento, o ministro Moreira Franco (Minas e Energia) culpou o ambiente político-parlamentar pela não conclusão de algumas propostas do "Ponte para o Futuro", carro-chefe do PMDB na gestão Temer.

Meirelles no PMDB

Henrique Meirelles oficializou sua filiação ao PMDB em abril. Meirelles negociou sua filiação ao partido diretamente com Temer, que abonou a ficha de filiação de Meirelles junto com o presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR). Ele decidiu mudar de legenda após não conseguir apoio para uma candidatura ao Palácio do Planalto de seu antigo partido, o PSD, que deve apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidenciável pelo PSDB.

Em discurso, Jucá ressaltou o trabalho de Meirelles à frente da Fazenda nos últimos dois anos. Disse que graças à "competência" do ministro e o "comando político" de Temer, o governo conseguiu conduzir o País da melhor forma possível e fazer coisas "inimagináveis", que garantiram a recuperação da economia brasileira, mesmo com "tormentas, ataques e especulações".

"Meirelles se coloca à disposição do partido para somar esforços e fazer com que tenhamos condições de ganhar as eleições. Temos muito em jogo nessas eleições de 2018 e é por isso que o MDB tem que ter candidatura. Temos que defender um legado, temos que buscar um caminho que faça com que o que foi alcançado até agora não se perca", afirmou Jucá, que é líder do governo no Senado.

Fora do Ministério da Fazenda

No dia 6 de abril,  Henrique Meirelles, confirmou que estava deixando o ministério. O atual secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, assumiu o cargo. "Hoje encerro um ciclo muito importante na minha vida. Sempre me coloquei a serviço do Brasil independentemente de partido ou governo. Tenho bastante orgulho de ter ajudado o País a sair de crises importantes e sérias em dois momentos diferentes", afirmou.

Trajetória

Meirelles, 72 anos, assumiu o controle da economia brasileira em 2016, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sua candidatura agrada o mercado, mas ele terá que se esforçar para conquistar um eleitorado que, segundo as pesquisas, lhe destina apenas cerca de 1% das intenções de votos. A candidatura de Meirelles - engenheiro civil com vasta experiência no mercado financeiro, que foi presidente mundial do BankBoston e do Banco Central durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) - ainda deve ser ratificada na convenção nacional do PMDB, prevista para o fim de julho ou começo de agosto.

Eleições incertas

O cenário das eleições deste ano é o mais incerto desde a retomada democrática no país, em 1985. Os favoritos das pesquisas são Lula - que cumpre, desde o mês passado, pena de 12 anos de prisão por corrupção e cuja candidatura deve ser embargada pela Justiça Eleitoral -, com um terço das intenções de votos, e Jair Bolsonaro, com quase 20%. A principal bandeira de Meirelles será a continuidade das reformas e o ajuste fiscal impulsionado pelo governo. Ele afirma que essas medidas tiraram o Brasil da pior recessão de sua história. Ele vai disputar o eleitorado do ex-governo de São Paulo, Geraldo Alckmins (PSDB). No documento, "Encontro com o futuro", o MDB apresentou as principais linhas de seu programa: continuar as reformas, estimular a participação do setor privado, reduzir a intervenção do Estado na economia, melhorar os sistemas de segurança, saúde e educação.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo



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