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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Famurs aponta que 73 cidades decretaram estado de calamidade pública

Crise do abastecimento nos municípios também revelou que 131 estão em situação de emergência

Greve dos caminhoneiros refletiu no desabastecimento e serviços públicos no interior do Estado | Foto: Guilherme Testa / CP Memória

Greve dos caminhoneiros refletiu no desabastecimento e serviços públicos no interior do Estado | Foto: Guilherme Testa / CP Memória

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) apontou, na tarde desta terça-feira, que 73 cidades decretaram estado de calamidade pública em virtude da greve dos caminhoneiros. Em seu nono dia de paralisação, a crise do abastecimento também levou a 131 municípios a decretarem situação de emergência.

Os dados da Famurs ocorreram através de uma pesquisa com gestores de 380 das 497 cidades do Estado. Além das prefeituras que já decretaram calamidade (36%) ou emergência (64%), outras 106 podem vir a adotar estas medidas caso não haja normalização no abastecimento, revelou a Famurs.

Segundo o presidente da Famurs e prefeito de Rio dos Índios, Salmo Dias de Oliveira, o levantamento, concluído nesta terça, sinalizou que quase todas as administrações municipais foram impactadas com o desabastecimento. “A Famurs é contra o aumento abusivo dos combustíveis, por se tratarem do principal insumo dos municípios", afirmou.

"Apoiamos a greve dos caminhoneiros, com base na posição da maioria dos prefeitos, entendendo serem legítimas suas reivindicações que foram atendidas pelo governo federal. Diante disso, solicitamos que os caminhoneiros possibilitem o reabastecimento nos municípios, para não termos uma situação de caos, que já se avizinha”, avaliou.

De acordo com Oliveira, a maior preocupação dos prefeitos são com os efeitos da greve que pode persistir a longo prazo. "O segmento leiteiro está sendo obrigado a descartar toda a sua produção. A criação de aves e suínos está ameaçada, pois os animais estão sofrendo com a fome, havendo casos de canibalismo por falta de ração", ponderou.

O impacto nas receitas municipais, a partir do próximo mês, é visto pelos prefeitos como um grande problema a ser enfrentado. Segundo estudo realizado pela área de Receitas da Famurs, o corte do repasse da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) aos municípios, representará perdas de R$ 12 milhões aos cofres municipais.

Salmo informou que a Famurs está oferecendo todo o suporte às prefeituras para o encaminhamento das demandas que possam ser equacionadas junto ao Gabinete de Crise, criado pelo governo do Estado, sob coordenação do vice-governador José Paulo Cairolli.


Correio do Povo


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