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terça-feira, 28 de março de 2017

DEBATE SOBRE ESCOLA SEM PARTIDO NA FOLHA ACABA EM CONFUSÃO E AUTORITARISMO

O exaltado cavalheiro do vídeo abaixo, Sr. Mauro de Salles Aguiar, é diretor-presidente de uma das mais tradicionais escolas particulares de São Paulo, o Colégio Bandeirantes. Ele acaba de ser condenado, em primeira instância, por sentença do 5o. Juizado Especial Cível de Brasília, a pagar a quantia de R$ 15.000,00, a título de indenização por danos morais, ao coordenador do ESP, Miguel Nagib. Caso a sentença seja confirmada em segunda instância, a citada importância será doada por Nagib ao Movimento Escola Sem Partido.
Ora, é inegável que aqueles que interromperam o palestrante erraram, agindo como a típica claque esquerdista que sempre impediu a manifestação do contraditório. Sabemos que não é fácil escutar as ladainhas de esquerdistas, alguém negar a existência da doutrinação ideológica nas escolas (algo como negar que 2 + 2 são 4), mas não justifica impedir a fala dele. Não podemos agir como a esquerda com o sinal trocado, aplicando os mesmos métodos.
Miguel Nagib tentou interceder justamente para pedir isso, e não conseguiu falar. Passou a ser o alvo da claque de esquerda, e do próprio companheiro de painel, que destemperado, acusou-o de “fascista”. Caso para processo mesmo, pois não dá mais para tolerar esses rótulos que a esquerda tenta colocar na direita.
O fascismo, inclusive, tem muito mais a ver com as práticas esquerdistas, que costumam contar com exércitos organizados com bandeiras e camisas, do que com conservadores e liberais condenando com argumentos a nefasta doutrinação nas escolas, ou propondo projetos de lei que simplesmente fazem valer a Constituição.
Tudo muito lamentável. O Brasil está mesmo em clima de guerra e sem condições de manter debates civilizados e construtivos. A indignação com as mentiras deslavadas da esquerda é compreensível, mas não pode se tornar um veneno para a própria direita. E a esquerda tampouco pode continuar com essa tática podre de rotular todos os seus adversários como “fascistas”, ainda mais quando é a própria esquerda que demonstra um viés fascista em nosso país.
Rodrigo Constantino

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