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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

"Câmara abriu fosso insuperável com sociedade", diz Onyx sobre votação

Deputados modificaram medidas do pacote contra corrupção

Câmara abriu fosso insuperável com sociedade, diz Onyx sobre votação  | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / CP

Câmara abriu fosso insuperável com sociedade, diz Onyx sobre votação | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / CP

 

A votação que entrou pela madrugada desta quarta-feira e modificou uma série de medidas no pacote contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal (MPF) foi definida pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) como uma simples vingança do Parlamento contra integrantes do MP. 

"Foi m negócio terrível. Tudo que alertamos, as questões técnicas e outras coisas não valeram. Era uma vingança. Parecia aqueles filmes da máfia italiana. A Câmara perdeu a última oportunidade de se reencontrar com as ruas. Acho que se divorciou da população e abriu um fosso insuperável com a sociedade nesta legislatura", afirmou Lorenzoni em entrevista à Rádio Guaíba. 

Lorenzoni disse que o texto é ruim e que deixou tipos penais abertos. "Há várias inconstitucionalidades e eu alertei sobre isso. Esta legislatura não conseguirá se reencontrar com a população, o que sinaliza que está sendo gestado dentro do Parlamento uma grave crise institucional, especialmente contra aqueles que investigam, que processam e que estão passando o Brasil a limpo, fazendo a vontade da maioria da sociedade brasileira", enfatizou o deputado. 

"Vendetta insana"

Para Onyx Lorenzoni, durante a votação foi instituída uma "vendetta insana" contra os investigadores da Lava Jato. "Parece que as pessoas só tinham um objetivo: destruir toda e qualquer ponte capaz de dar credibilidade ao Parlamento. Como eu acredito na democracia, saí de lá indignado e frustrado. Estávamos tentando fazer o encontro com a sociedade. É com tristeza que narro e comento isso com os ouvintes da Guaíba", observou.  

O deputado gaúcho afirmou ainda que a votação do pacote contra a corrupção começou de maneira hipócrita, principalmente quando foi aprovado por unanimidade na comissão especial. "Foram 30 votos que eram dos 30 titulares. Ontem, na votação do texto, houve um exercício de hipocrisia, baseado no seguinte discurso: de que estava aperfeiçoando as medidas. Mas pegaram um facão e um machadinho e fizeram picadinho das propostas, até deixar o pacote original destroçado", acrescentou.   

Bancada gaúcha na votação que aprova punição a juiz e Ministério Público

Não

Afonso Hamm (PP)

Cajar Nardes (PR)

Covatti Filho (PP)

Danrlei de Deus Hinterholz (PSD)

Heitor Schuch (PSB)

Jerônimo Goergen (PP)

João Derly (REDE)

José Fogaça (PMDB)

Jose Stédile (PSB)

Luiz Carlos Busato (PTB)

Onyx Lorenzoni (DEM)

Sim

Afonso Motta(PDT)

Alceu Moreira (PMDB)

Bohn Gass (PT)

Carlos Gomes (PRB)

Darcísio Perondi (PMDB)

Giovani Cherini (PR)

Henrique Fontana (PT)

Jones Martins (PMDB)

Luis Carlos Heinze (PP)

Marco Maia (PT)

Marcon (PT)

Maria do Rosário (PT)

Mauro Pereira (PMDB)

Nelson Marchezan Junior (PSDB)

Paulo Pimenta (PT)

Pepe Vargas (PT)

Pompeo de Mattos (PDT)

Renato Molling (PP)

Sérgio Moraes (PTB)

 

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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