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domingo, 28 de junho de 2015

Mobilidade pouco urbana

A Prefeitura de Porto Alegre tem uma empresa da administração indireta, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que tem entre suas atribuições garantir a fluidez do trânsito na Capital. A cidade tem hoje, em média, dois habitantes, dois habitantes por carro, o que indica que a frota supera os 700 mil veículos circulando nas vias pública. Com um grande contingente em qualquer hora do dia, principalmente no de pico, não existe mais horário bom para dirigir, pois os congestionamentos se tornaram corriqueiros para os porto-alegrenses. Contudo, uma permissão da prefeitura agrava o problema, que se torna ainda mais preocupante em dias de chuva, quando a mobilidade urbana vira sinônimo de estagnação.
Nos horários de circulação mais intensa, caminhões contratados pela prefeitura estão trancando as ruas para recolher o lixo dos contêiners estacionados nas ruas. Com isso, os veículos são obrigados a parar e esperar. Ocorre que em ruas de uma única mão e com passagem única de um veículo, principalmente por volta de 19h, quando todos estão retornando para casa, o trânsito se torna um caos. Isso ocorre, por exemplo, em vias como a Fernando Machado, no Centro, e na Fernandes Vieira, no bairro Bom Fim, para ficar apenas em dois exemplos.
O trânsito transformou-se num drama pessoal e coletivo nas grandes cidades. Mas ele não pode ser gravado por quem deve solver o gargalo. A prefeitura precisa encontrar horários alternativos para realizar a importante tarefa de recolher o lixo sem penalizar o cidadão.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 18 de junho de 2015, página 2.  

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