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terça-feira, 31 de março de 2015

Lojistas têm estoque encalhado às vésperas da Páscoa

por THAIS FASCINA

A menos de uma semana da Páscoa, o comerciante Zahi Ghneim afirma que nunca viu a pequena loja de doces no centro de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, com tantos produtos nas prateleiras.

Por causa da inflação e da expectativa de vendas fracas neste ano, Ghneim decidiu comprar a mesma quantidade de mercadorias que vendeu no mesmo período do ano passado, sem ampliar estoques.

Ainda assim, cerca de 50% do que adquiriu ainda não foi vendido.

"Já posso considerar que essa é a pior Páscoa dos últimos anos", afirma Ghneim, que é palestino e tem a loja desde 1982, quando se mudou para o Brasil.

A expectativa é que a média de vendas de Páscoa no comércio paulista fique estável em relação à do ano passado, segundo levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo.

Em 2014, os lojistas do Estado tiveram crescimento nas vendas de 2% na Páscoa em relação ao ano anterior, segundo dados da federação dos lojistas. Em 2013, a alta foi de 5%

"Os lojistas não investiram no estoque tanto quanto nos anos anteriores para esta Páscoa. O cenário já se mostrava ruim desde o ano passado [para as vendas]", afirma Maurício Stainoff, presidente da federação.

PAÍS

De acordo com Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), se as expectativas para a Páscoa se confirmarem, o país deve apresentar a primeira queda das no período vendas dos últimos seis anos.

"O trabalhador já está perdendo poder aquisitivo desde o ano passado e, agora, houve aumento da inflação e piora nos dados sobre emprego no país", afirma.

Em 2014, as vendas no mesmo período no país cresceram 2,55% em relação às de 2013, abaixo das expectativas dos lojistas. É o menor crescimento dos últimos cinco anos.

A Páscoa representa a primeira grande data de vendas para o comércio –funcionando como uma prévia para o Dia das Mães, considerado o melhor feriado para o varejo, e o Dia dos Namorados.

A pesquisa, realizada anualmente pela SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional dos Lojistas), se baseia nas vendas durante os sete dias que antecedem o início do feriado de Páscoa, que neste ano será no dia 5 abril.

TRABALHO TEMPORÁRIO

Neste ano, o número de vagas oferecidas no país, entre varejo e indústria, aumentou apenas 1% em relação ao da Páscoa de 2014, para 84,4 mil (55% na indústria e 45% no comércio).

Para Vander Morales, presidente do sindicato que representa trabalhadores temporários (Fenaserhtt/Sindeprestem), pode haver uma mudança do perfil das compras em razão da inflação.

"Talvez, neste ano, as pessoas gastem com produtos mais baratos", afirma.

Ainda de acordo com Morales, a perspectiva de efetivação desses trabalhadores temporários este ano é quase zero.

"As empresas costumam, em média, efetivar 6% dos trabalhadores temporários por ano. Mas, em 2015, a chance é muito pequena", acrescenta.
Fonte: Folha Online - 30/03/2015 e Endividado
 
 

Pais boicotam ovo de Páscoa temático e com brinde

por LUISA BRASIL

Movimento dá preferência a chocolates artesanais e brincadeiras para comemorar a data

Rio - A invasão de embalagens coloridas e propagandas de personagens populares, como a porquinha Peppa ou a rainha Elsa, do desenho Frozen, mexe com o imaginário das crianças e com o bolso dos pais. Em um movimento que rema contra essa avalanche de publicidade, famílias, blogs e entidades de defesa dos direitos da criança e do consumidor têm levantado a discussão sobre o consumo consciente durante a Páscoa e incentivado o boicote aos ovos licenciados com temas e brindes de personagens. O cenário econômico de aperto no orçamento das famílias também estimula alternativas como a confecção de ovos em casa ou a compra de produtos artesanais.

A discussão ganha força justamente um ano após a publicação da resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que considera abusiva a publicidade dirigida a crianças. “A resolução identificou uma proibição que já existia no Código de Defesa do Consumidor. Qualquer produto alimentício que coloca o elemento infantil para atrair está fazendo uso da falta de experiência da criança para atraí-la”, afirma Desirée Ruas, integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo (Rebrinc).

Segundo a psicóloga Laís Fontenelle, do Instituto Alana, os produtos da Páscoa estão entre os mais apelativos para as crianças. “O primeiro fator de influência na compra é a publicidade. Depois vem o personagem e a embalagem. Nos ovos de Páscoa, essas três coisas andam juntas. O desejo por aquele objeto é imediato”, afirma.

Apesar da publicação da resolução, a venda de produtos licenciados continua à toda no país. Por isso, a iniciativa para sair do ciclo de publicidade infantil costuma vir dos próprios pais. É o caso de Tatiana Silva, 33 anos, que trabalha com oficinas infantis. Em sua casa, ela costuma promover brincadeiras com o filho, Acauã, de 3 anos, durante a data. “Ano passado, a gente pintou os ovos de galinha. Meu filho não come muito chocolate, então fiz uma mistura de banana com cacau”, afirma ela.

A secretária executiva Thaís Quitete, 28, apostou em ovos artesanais produzidos por uma prima. A embalagem e a decoração do chocolate serão feitas por ela e a filha, Sophie, também de 3 anos. “É uma oportunidade de fazer uma atividade diferente com ela. Acho um abuso o que os fabricantes fazem. Além do preço absurdo, colocam brindes para cercar os pais de todas as maneiras. Para não verem a criança chorando, eles acabam comprando”, diz.

Para Laís, a posição dos pais é importante para promover uma Páscoa mais consciente, mas ela diz que o estado tem que fazer valer a proibição da publicidade infantil. A Abicab, associação que representa os produtores de ovos industrializados, não se posicionou sobre o assunto.

Brinde é anunciado como gratuito, mas sai caro no preço final do ovo

Um levantamento feito pelo Movimento Infância Livre do Consumismo mostra que os brindes que vêm nos ovos de Páscoa custam caro para os pais (o levantamento completo está disponível no site milc.net.br/tag/pascoalivre).

Na comparação entre 30 ovos do mesmo fabricante, a grama do produto varia entre R$ 0,11 a R$ 0,15. Já nos ovos infantis com brinquedo o valor fica entre R$ 0,18 e R$0,25. No preço final, os ovos infantis podem ficar até R$ 20 mais caros que outros similares do mesmo tamanho.

“Ovos com brindes sempre existiram. Mas hoje isso salta mais aos olhos porque os brinquedos chamam mais a atenção que o chocolate”, diz a psicóloga Laís Fontenelle.

O ovo caseiro é uma solução mais barata para os pais. A professora do curso de Gastronomia do IBMR, Maria de Lourdes de Andrade, afirma que com R$ 10 é possível produzir um ovo de meio quilo completo, com embalagem e feito de chocolate de média qualidade (encontrado em supermercados). Ela afirma que a produção acaba se tornando uma fonte de renda para muitas pessoas. “Vejo senhoras de mais idade que entram no curso, começam a vender e acabam conseguindo uma profissão com a idade já avançada”. Maria de Lourdes irá ministrar um curso gratuito sobre ovos na quinta-feira. Mais informações no site www.ibmr.br.
Fonte: O Dia - IG Notícias - 31/03/2015 e Endividado



INSTITUTO INTERNACIONAL DE FINANÇAS: BRASIL ENTRA NO TOPO DOS PAÍSES EMERGENTES MAIS VULNERÁVEIS!

(Estado de SP, 31)  1. Segundo o levantamento, fragilidades da política econômica brasileiras só não são piores que as da Ucrânia e da Argentina. O Brasil aparece no topo de novos rankings criados pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, para identificar os países mais vulneráveis entre os emergentes. No levantamento entre os mercados com a política econômica mais vulnerável, o País está em terceiro lugar, atrás apenas da Ucrânia e Argentina, de acordo com o levantamento da instituição.
          
2. O IIF desenvolveu um mapa para medir a vulnerabilidade dos emergentes, formado por três índices - vulnerabilidade externa, doméstica (setor real e financeiro) e de política econômica (credibilidade e estabilidade política). Além de estar em terceiro no ranking de vulnerabilidade de política econômica, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Turquia, no levantamento de vulnerabilidade doméstica, por causa do risco trazido pelo crescimento do endividamento em moeda estrangeira de empresas e nos passivos dos bancos. No ranking de vulnerabilidade externa, liderado por Turquia e Ucrânia, o Brasil está em melhor posição, por ter volume alto de reservas internacionais, e figura como um dos menos vulneráveis, junto com Chile, México e Tailândia.
 
Ex-Blog do Cesar Maia
 
 

Empresas agora dão atenção para consumidor que fala bem

por MARIANA BARBOSA

Cerca de uma década depois do surgimento das redes sociais, as empresas já não temem como temiam as reclamações de consumidores.

Nos primórdios das redes, qualquer comentário negativo virava uma crise de reputação a ser solucionada pelos marqueteiros de plantão. Era comum ver diretor de empresa respondendo pessoalmente a um consumidor com muitos amigos ou seguidores.

"Continuamos respondendo todos os comentários, mas isso não assusta mais", afirma o diretor de marketing da construtora Tecnisa, Romeo Busarello. "O volume aumentou tanto que essa questão deixou de pertencer ao marketing e virou mais um canal de atendimento ao cliente."

Empresas mais maduras no relacionamento com o cliente estão atualmente mais preocupadas em cultivar fãs e estabelecer um relacionamento que os façam se sentir ainda mais especiais. Na linguagem do marketing, esses fãs são chamados de "advogados da marca".

Diferentemente de alguns blogueiros que são pagos para falar bem de um produto ou serviço, os advogados da marca não têm vínculo comercial. Mas eles têm acesso privilegiado a novos produtos ou serviços, testam e opinam antes de lançamentos e convivem com executivos.

"O cerne é fazer a pessoa se sentir privilegiada. É transformar um fã em alguém que é ainda mais fiel e que acaba sendo um pilar de sustentação da marca", diz o professor de marketing digital da ESPM, Pedro Waengertner.

Dentre aqueles que cultivam "advogados" estão as empresas de tecnologia Apple e Xiaomi e a Airbnb (de alugueis temporários). "O sucesso disso vem do fato de ser uma mídia conquistada. Não é mídia própria, nem mídia paga", diz Waengertner.
Fonte: Folha Online - 30/03/2015 e Endividado


 
 

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