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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ney Matogrosso critica 'roubalheira no governo Dilma' e é xingado de 'Bicha Velha' por petistas

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Petistas partem para baixaria com ameaças e xingamentos a críticos do governo

FOLHACENTROSUL.COM.BR

 

Desprezado, cálculo da Petrobras para excluir desvios apontava baixa de R$ 88,6 bi

por SAMANTHA LIMA

As contas inicialmente apresentadas pela presidente da Petrobras, Graça Foster, a seus colegas de conselho de administração, feitas na tentativa de eliminar os valores de corrupção de seu balanço contábil, na reunião desta terça-feira (27), apontava uma necessidade de baixa de R$ 88,6 bilhões nos ativos da empresa.
Esse montante, que representa 15% do ativo imobilizado da Petrobras, é o valor acima do que é contabilizado em 31 ativos da empresa, em relação ao que eles realmente valem.
As contas foram feitas usando metodologia que considera a expectativa de receita e retorno futuros dos investimento, frente ao custo do capital investido, além das informações reveladas na Lava Jato -entre elas, de que os contratos eram superfaturados em 3%, em média. Os cálculos foram feitos pela Deloitte e pelo BNP Paribas, conforme revelou a Folha, na semana passada.
Pela natureza da metodologia, tais valores encontrados acabaram incluindo mais do que o que foi indevidamente incorporado como propina entre 2004 e 2012, conforme indicaram as investigações da Operação Lava Jato.
Concluiu-se, então, que, se fossem baixados os R$ 88,6 bilhões, além do custo da corrupção, outras perdas acabaram sendo incorporadas, e seria impossível distinguir uma coisa da outra.
Assim, o número foi temporariamente descartado, na reunião, para efeito de ajuste dos ativos. Em nota enviada à Folha, o conselheiro Mauro Cunha informou que os valores não foram descartados, mas, sim, que, conforme a nota divulgada pela empresa, serão alvo de análise detalhada, visando identificar testes e avaliações complementares a que esses ativos poderão ser submetidos".
Procedimentos a serem adotados para os números, nas demonstrações contábeis revisadas "serão aprofundadas de forma a cumprir as exigências de órgãos reguladores", diz a nota.
O balanço com os resultados do terceiro trimestre de 2014, divulgado na madrugada desta quarta-feira (28), mostrou uma queda de 38% do lucro em comparação com o trimestre anterior, de R$ 4,9 bilhões para R$ 3,1 bilhões.
A Folha apurou que a conta que a Petrobras acabou descartando havia descoberto que, dos US$ 18,5 bilhões gastos em sua construção, a refinaria de Abreu e Lima, recém inaugurada, valia, na verdade, US$ 7 bilhões, e o Comperj, que deve ser inaugurada em 2016, teria seu valor revisto para zero. Ou seja, nada do que foi investido até agora neste projeto, orçado em US$ 13,5 bilhões, teria retorno.
REUNIÃO
A reunião, marcada para as 11h, iniciou-se com quase duas horas de atraso, devido a ajustes e discussões finais em relação à demonstração dos resultados do terceiro trimestre, que ali seria apresentada.
Normalmente, a reunião se dá por teleconferência entre São Paulo, Rio e Brasília, mas, nesta, quase todos foram à capital paulista, com exceção dos conselheiros Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, e Sérgio Quintela, vice-presidente da Fundação Getulio Vargas.
Eles permaneceram, respectivamente, em Brasília e no Rio. Quitella preside também o conselho de auditoria da Petrobras, responsável pelo contato da empresa com seus auditores independentes, a PwC (PricewaterhouseCoopers).
Graça mostrou que que, além dos R$ 88,6 bilhões identificados como ajuste "para baixo", outros ativos estavam subavaliados em R$ 27,2 bilhões. Este ajuste a mais, porém, não pode ser feito.
Logo após apresentado o valor, o sócio da PwC Marcos Panassol alegou que a metodologia estava incorporando inadequadamente diversas variáveis, o que estaria jogando para cima de forma errada a necessidade de desconto por corrupção.
METODOLOGIA DESCARTADA
A necessidade de subtração dos valores atribuídos à corrupção que a Petrobras vem tentando fazer atende a uma determinação da PwC, feita à estatal em outubro, logo depois de o ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa, ter afirmado à Justiça que integrou o esquema, entre 2004 e 2012.
O comunicado que saiu com o balanço, na madrugada desta quarta-feira (28), detalha a questão apontada pela PwC, ao informar que o motivo do descarte da metodologia foi que o "ajuste era composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossíveis de serem quantificadas", entre elas mudanças em projeções de preços e margens de insumos e produtos comercializados, câmbio, dentre outros.
DISCUSSÃO
Deu-se, em seguida, na reunião, uma longa discussão sobre de que forma e em que momento os ajustes deveriam ser feitos.
Um dos três conselheiros independentes, Mauro Cunha, que representa os minoritários donos de ações ordinárias, defendeu, então, que o balanço fosse divulgado mesmo sem os ajustes.
Ele explicou posteriormente que, o que defendeu "a todo momento foi a importância do ′disclosure′ [transparência] da informação".
"A citada discussão no Conselho de Administração foi focada na melhor prática para o disclosure da informação obtida a partir dos laudos de avaliação recebidos, tendo como parâmetro as obrigações legais de divulgação e a política de transparência da companhia", disse Cunha.
Conforme o relatório assinado pelo diretor financeiro da Petrobras, outro importante motivo da divulgação dos dados, ainda que sem as baixas, era a necessidade de evitar vencimento antecipado de dívidas, que ocorreria caso um balanço não auditado não fosse apresentado até a próxima sexta-feira.
Esses vencimentos antecipados ocorreriam em 30 dezembro, mas, duas semanas antes, a Petrobras havia pedido extensão do prazo a tais credores, porque ainda não tinha conseguido fechar o balanço com os ajustes da corrupção.
REVISÃO
A Petrobras identificou que quase um terço de seu ativo imobilizado, ou R$ 188,4 bilhões de um total de R$ 600 bilhões, precisaria ser revisto.
Segundo a estatal, esses são os projetos que tiveram etapas feitas entre 2004 e 2012 pelas 23 empreiteiras apontadas Operação Lava Jato.
A empresa arquivou suas demonstrações sem os ajustes esperados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na madrugada desta quarta-feira.
Mesmo sem ter feito as baixas, uma grande perda já foi contabilizada. Como decidiu engavetar as refinarias Premium 1 e 2, que seriam erguidas no Maranhão e no Ceará, foi obrigada a reconhecer uma baixa de R$ 2,7 bilhões. Os projetos estavam ainda na fase de terraplanagem. Não há previsão de quando serão retomados.
Fonte: Folha Online - 28/01/2015 e Endividado

 

 

Ações da Petrobras têm maior tombo diário em três meses após balanço

por ANDERSON FIGO

As ações da Petrobras despencaram nessa quarta-feira (28) e empurraram a Bolsa brasileira para o vermelho, com avaliações negativas em relação ao balanço não auditado da companhia no terceiro trimestre de 2014. O documento foi divulgado nesta madrugada, com mais de dois meses de atraso.
A queda fez com que o valor de mercado da petroleira passasse de R$ 128,7 bilhões na última terça-feira (27) para R$ 114,8 bilhões nesta quarta. Em 2010, a cifra era de R$ 380,2 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
A principal queixa dos analistas foi que o balanço não contabilizou o dinheiro perdido em desvios investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e nem a perda de valor recuperável de alguns dos ativos da Petrobras por efeito do escândalo de corrupção. O atraso na divulgação, prevista inicialmente para 14 de novembro, pretendia considerar tal ajuste.
Após subirem até 12% ao longo do dia, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, fecharam com desvalorização de 11,21%, para R$ 9,03. Já as ordinárias, com direito a voto, cederam 10,48%, para R$ 8,63. Ambas tiveram a maior perda diária desde 27 de outubro de 2014, quando as preferenciais caíram 12,33% e as ordinárias, 11,34%.
O desempenho empurrou o Ibovespa para baixo. O índice teve recuo de 1,85%, para 47.694 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,979 bilhões. Papéis de importantes setores, como bancos, siderurgia e mineração, também cederam, ajudando a sustentar a perda da Bolsa. A preocupação é que a crise na estatal prejudique outras empresas e afete o já enfraquecido desempenho econômico do país.
"A intenção da companhia de divulgar o balanço não auditado foi para atender as obrigações com os credores, mas se não tem baixa contábil, para que serve? O mercado trabalhava com uma baixa contábil entre US$ 5 bilhões podendo chegar à US$ 20 bilhões", diz Ricardo Kim, analista da XP Investimentos, em relatório.
"Só para se ter uma ideia, a Refinaria Abreu Lima teve um custo total de US$ 18,6 bilhões. O orçado inicialmente era em torno de US$ 3 bilhões, conteúdo local poderia ter encarecido, porém, uma refinaria deste porte não deveria custar mais do que US$ 6 bilhões, ou seja, só da Refinaria Abreu Lima poderia ter uma baixa contábil de US$ 12 bilhões", completa Kim.
"A decisão da Petrobras mostra que ela está tendo dificuldade para chegar a esse cálculo [de quanto será a baixa contábil]. Isso só aumenta a incerteza do mercado, que está preocupado com o prazo em que isso será definido", diz Henrique Florentino, analista da Um Investimentos.
"Ainda estamos falando do terceiro trimestre de 2014, sendo que nesta quarta-feira já começa a temporada de divulgação dos balanços do último trimestre do ano passado", afirma Florentino. "Deixando a baixa contábil de lado, operacionalmente a empresa não teve desempenho bom."
Eduardo Velho, economista-chefe da gestora Invx Global, avalia que "a não divulgação da baixa contábil pela Petrobras significa que há uma dificuldade em conseguir chegar a esse número, o que pode indicar que a perda será ainda maior do que o que o mercado estava estimando."
Para Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, o fato de o conselho da Petrobras não ter chegado a um consenso sobre a baixa contábil "não é só ruim para ela". Segundo ele, "menores investimentos dela afetam, e de forma expressiva, os investimentos do país como um todo –algo que deve continuar contribuindo para a revisão do crescimento do PIB nas próximas semanas."
NO VERMELHO
O setor de bancos, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, cedeu. O Itaú caiu 2,04%, para R$ 33,60, enquanto o Bradesco recuou 2,39%, para R$ 35,14. O Banco do Brasil teve baixa de 4,30%, para R$ 22,01.
As ações de empresas do setor elétrico e de saneamento básico também sofreram. O mercado continua penalizando estes papéis pelas notícias de racionamento no país. A concessionária de saneamento do Estado de São Paulo, a Sabesp, mostrou desvalorização de 3,41%, para R$ 13,30.
Os papéis preferenciais da Vale, que chegaram a subir durante o dia, encerraram a sessão com perda de 0,82%, para R$ 16,85. As ações ordinárias da mineradora desvalorizaram-se 0,26%, para R$ 18,95. O preço do minério de ferro negociado na China –principal destino das exportações da Vale– caiu nesta quarta pelo sexto dia consecutivo.
Lá fora, predominou o clima de aversão ao risco nos mercados globais. A maioria dos índices de ações da Europa mostraram queda, ainda com cautela sobre a situação política na Grécia, após o líder esquerdista Alexis Tsipras ter se tornado o primeiro-ministro do país.
Nos Estados Unidos, a principal referência do dia ficou por conta da reunião de política monetária do Fed (banco central americano). A autoridade demonstrou novas preocupações com a inflação e sinalizou que não deve elevar a taxa básica de juros da economia até pelo menos o mês de junho. Uma alta tende a provocar uma retirada de recursos de países emergentes, como o Brasil.
CÂMBIO
A espera pela sinalização do Fed motivou a alta do dólar nesta quarta-feira. A reunião da autoridade terminou perto das 17h (de Brasília), mesmo horário que o mercado brasileiro fecha.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, chegou a subir mais de 0,5 ponto percentual ao longo do dia, mas fechou com ligeiro avanço de 0,07% sobre o real, cotado em R$ 2,578 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 0,23%, para R$ 2,577.
O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,7 milhões.
A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 488,5 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 89% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.
Fonte: Folha Online - 28/01/2015 e Endividado

 

 

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